Mas não importa mais. Algumas pessoas apenas não nascem para ficar juntas, digo juntas-juntas, embora seus encontros físicos sejam bem românticos e inesquecíveis. Vai ver é isso que querem dizer quando dizem que tudo isso é um jogo. Se você foi derrotado, não faz sentido ficar depois assistindo as reprises dos melhores momentos. Só tope jogar se souber perder. E eu perdi. Nós perdemos. Para nós mesmos, ou seja, perdemos para quem a gente é.
domingo, 27 de dezembro de 2015
A alma às vezes se torna inerte. A carga que ela carrega é grande, o que existe no exterior com um tempo invade e traz a dor para o interno. Às vezes ela não aguenta o peso que o mundo traz e simplesmente se cansa. A compreensão do mesmo, traz agonia aos seus olhos. E os olhos da alma chora. Chora por estar vazia. Chora por não aguentar o peso do vazio. Chora o por querer se esvaziar do nada que existe em seu interior. É assim que a alma vai se cansando. Então ela chora novamente, por não conseguir se reerguer de seu próprio caos. E nessas horas a alma precisa de calma. Precisa de algo que à faça renascer. Precisa de um motivo que à faça querer reviver. E ela continua ali sufocando, à espera de algo. Mas talvez esse algo que ela tanto espera, nunca à tire de seu abismo.
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Há um tipo de choro bom e há outro ruim. O ruim é aquele em que as lágrimas correm sem parar e, no entanto, não dão alívio. Só esgotam e exaurem. Uma amiga perguntou-me, então, se não seria esse choro como o de uma criança com a angústia da fome. Era. Quando se está perto desse tipo de choro, é melhor procurar conter-se: não vai adiantar. É melhor tentar fazer-se de forte, e enfrentar. É difícil, mas ainda menos do que ir-se tornando exangue a ponto de empalidecer.
Mas nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respeitar a nossa fraqueza. Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito. Elas correm devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido, produto de nossa dor mais profunda. Homem chorar comove. Ele, o lutador, reconheceu sua luta às vezes inútil. Respeito muito o homem que chora. Eu já vi homem chorar.
Clarice Lispector, in Crónicas no ‘Jornal do Brasil (1967)’
sábado, 17 de outubro de 2015
domingo, 11 de outubro de 2015
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Hoje
resolvi escrever, para lembrar do que fui um dia, pois hoje, não reconheço-me mais. Só há escuridão para assombra-me... onde
estou? Não há lugar, não há ninguém, não há esperanças, não há paz. A
ânsia me faz vulnerável, estou esgotado de tudo que me perturba. Meus sonhos
não são mais suficiente para fazer-me seguir. Não quero sobreviver em um mundo
caótico por isso. Não há motivos... não há motivos... só escuridão.
São tempos difíceis
para aqueles que ousam em acreditar nas pessoas, nos sonhos, nos amores.
domingo, 27 de setembro de 2015
Ser adulto é muito complicado. Temos que trabalhar, estudar. Temos responsabilidades. Temos que ser “alguém”. E quando estamos nessa fase, é quase geral aquela crise de identidade; passamos a nos relacionar com o tempo de maneira totalmente diferente, uma vez que sabemos que estamos pouco a pouco deixando de existir e que inexoravelmente morreremos.
O desespero, muitas vezes, começa a fazer parte do cotidiano. Questionamos a vida e nos perguntamos se chegamos onde sonhávamos, se somos felizes com nossas escolhas. Questionamos a nós mesmos, se o que fazemos reflete o que somos ou se nos deixamos levar pela maré, pelo efeito manada. Ainda que seja difícil prever as consequências das nossas escolhas, é necessário que tenhamos coragem para tomá-las e não seguir à risca o que a sociedade determina que devemos fazer.
Qualquer escolha que fizermos nos trará dificuldades. Sempre haverá o imprevisível, o incontrolável, estes são amálgamas indissolúveis da vida. Então, não adianta querer ser advogado ou médico pela vontade dos pais, ou simplesmente porque há segurança sendo um “doutor”. Como também, viver sem medo de arriscar não renderá necessariamente uma vida feliz.
Em cada oportunidade que temos é preciso deixar a nossa marca, ser o que somos, pois a vida é breve e não comporta reprises. As opções mais “seguras” lhe levarão a caminhos que nada tem a ver com você. Caminhos, em que não consegue enxergar os seus passos. Caminhos vazios e tristes; depressões distantes das montanhas. E aí, eu pergunto: as opções “seguras” deixaram de trazer dificuldades?
Qualquer escolha que se faz traz dificuldades, como já disse, mas quando essa escolha é feita por nós, quando nos enxergamos naquilo que fazemos, nos sentimos vivos e mais fortes para superar as dificuldades que são inerentes a qualquer escolha que fazemos.
Entretanto, tenho percebido que temos nos acovardado diante dos outros e cada vez mais estamos seguindo o rebanho. Concomitante a isso, sonhos são deixados para trás e indivíduos apenas sobrevivem, sem ânimo no que fazem. Ser feliz é mais do que passar os dias fazendo planilhas no Excel, mesmo que isso “renda” bem. Viver uma vida clichê, com adoçante e café descafeinado não é a receita do sucesso, simplesmente porque esta não existe. Cada pessoa carrega uma história dentro de si, sonhos, vontades e sim, tem o direito de realizá-los.
Se adequar a uma sociedade doente não é o melhor caminho, pois além de ser apenas mais um entre tantos iguais, preocupados com formação técnica e uma vidinha burocrática que lhe “renda” um belo salário, serão indivíduos vazios, sem memórias que permitam lhes definir, cheios de hiatos existenciais, como um forasteiro que não sabe de onde veio ou quem é.
Enquanto fizermos escolhas por pressão social ou por medo de nos arriscarmos, nunca conseguiremos nos permitiremos abrilhantar o mundo com o nosso melhor; seremos estrelas sem brilho que não iluminam o céu. Isto é, estaremos lá, mas não seremos percebidos. Seremos marionetes de um espetáculo caminhando por caminhos ocultos ao nosso coração.
Presos numa relação nebulosa com o tempo, talvez não consigamos nos encontrar. E, talvez, nem precisemos, pois seremos apenas pele morta de sentimentos que um dia pulsaram por águas diferentes. Tão diferentes que lhe disseram para remar em sentido contrário. E você foi. Não é um vitorioso nem um derrotado. É viajante de um lugar desconhecido que outrora disseram para ir. Senti-se triste e tem vontade de voltar, mas não se lembra dos antigos caminhos que queria seguir. Então, continua. Sem ânimo, alma ou vontade. Não é um vitorioso nem um derrotado. Uma vez que,
“Aquilo que não é consequência de uma escolha não pode ser considerado nem mérito nem fracasso.”
domingo, 13 de setembro de 2015
domingo, 19 de julho de 2015
sábado, 13 de junho de 2015
sexta-feira, 15 de maio de 2015
quarta-feira, 29 de abril de 2015
I have an tattoo that symbolizes the beginning of existence. The primordial beginning and end. The totality of the universe unfolding, renewing, and sustaining itself in every moment. Absolute perfection, right now. The only reason why I got the tattoo was to aspire to always be the best version of myself, to never forget life’s simplicity and the honor it is to be alive. To feel cool air enter my lungs and breathe out everything that keeps be locked in darkness. I feel tainted, used, and overwhelmed with darkness. I’ve been distracting myself for much too long. I’m tired of feeling bad for myself. A man hurt me. It fucking happen, now I move forward and learn from this. Its time to restart my meditation practice and stop running.
sábado, 11 de abril de 2015
sexta-feira, 3 de abril de 2015
“Meu Deus, meu Deus! Como tudo é esquisito hoje! E ontem tudo era exatamente como de costume. Será que fui eu que mudei à noite? Deixe-me pensar: eu era a mesma quando me levantei hoje de manhã? Estou quase achando que posso me lembrar de me sentir um pouco diferente. Mas se eu não sou a mesma, a próxima pergunta é: ‘Quem é que eu sou?’. Ah, essa é a grande charada!”
— | Alice no País das Maravilhas. |
quinta-feira, 2 de abril de 2015
sábado, 7 de março de 2015
quinta-feira, 5 de março de 2015
Ele está em êxtase! Quando a sua vida ordinária lhe algema, ele escapa, de uma maneira ou de outra. Ele não quer acreditar em pessoas excitáveis. Ele só que ser convicto de pessoas que acreditam e entendam a vida liricamente, musicalmente, graciosamente, tórridamente, em quem, os sentimentos sejam muito mais fortes que as razões. Coisas bobas, mas que fazem senti(dor).
Nenhum regra a mais, nenhuma barreiras a mais... sem mas... (Ele se esconde dentro de se... se prende, se perde... se confunde... devaneias.)
Ele está sedento! Ele é a mistura do insumo agridoce, mas o maravilhoso, é que só o maravilhoso, tem poder sobre ele.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
“Amor, o que é o amor? Não creio que se possa realmente pôr em palavras. Amor é entender alguém, se importar, compartilhar as alegrias e tristezas. Isso pode incluir o amor físico. Você compartilha alguma coisa, dá alguma coisa e recebe algo em troca, seja ou não casada, tenha ou não um filho. Perder a virtude não importa, desde que você saiba que, enquanto viver, terá ao lado alguém que a compreenda e que não precisa ser dividido com ninguém mais.”
— | O Diário de Anne Frank. |
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