sábado, 23 de novembro de 2013

Não foi uma gota que escorria em sua face, foi um oceano de 
dor que trasbordava em seu olho. 

sábado, 26 de outubro de 2013

sábado, 19 de outubro de 2013

Madrugada Insanas





Fujo das horas malditas... Das horas solitárias...
Que se arrastam nas madrugadas frias

Fujo dos fantasmas que assombram os espaços que me sobram!
Tento fugir de mim... Pra conseguir esquecer você!

Considero a inutilidade de tudo que meu coração pulsa
Puros delírios, desperdícios... Coração “masô”!

Que sucinta pensamentos de dor
De prazer, luxúria... E de todas as frases de amor!
De tudo o que não posso fugir... Por ser o que sou!
O outro eu...

Aquele que reage aos meus impulsos
Ainda me impede de correr pelas ruas
A gritar que sou tua

Que por você ainda morro, qualquer dia
Antes que a lua possa beijar o meu 
Antes que os navios ancorem nos portos
Antes que eu descubra o sol por trás da escuridão

Porque depois... Depois não morro mais
Pois, posso descobrir que ainda sou eu
Bem antes de ser você!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

I am nothing. You are right. I’m like someone who’s been thrown into the ocean at night, floating all alone. I reach out, but no one is there. I call out, but no one answers. I have no connection to anything.” — Haruki Murakami 

domingo, 13 de outubro de 2013



Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
— Clarice Lispector.
Pássaros criados em gaiola acreditam que voar é uma doença.

sábado, 28 de setembro de 2013

Traga-me uma boa dose de realidade, pois de ilusão eu já me embriaguei muito nessa vida.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O tédio é um mal em que as pessoas tentam desprezar! Ele tem o poder de fazer os seres que se amam tão pouco (como os humanos) a frequentemente procurar uns aos outros para sucumbir os desejos egocêntricos fúteis do ego tentando tornar-se fonte de "sociabilidade" para suprir seus desejos e dores insuportáveis provocados pelo o tédio.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

“Pure logic is the ruin of the spirit.”



Humans are creatures of emotion, there is no denying it. Without emotion, we would be nothing more than a calculating machine, little more than a computer made out of flesh and blood. Without emotion, we would have no purpose in life. What point would there be to reaching for the stars if their beauty did not fill our hearts with such wonderment? What would be the point of risking our lives for those around us, if we did not ache at their pain?

Yet, even though our emotions give so much meaning to our lives, they can cause us so much grief. When a loved one dies, when those we care about turn their backs on us, we are filled with so much pain. This pain can stay with us for days, filling our every thought and hindering our lives. Our what of longing? Why must we crave what is seemingly beyond our reach, why must we put so much effort into attaining it when it might slip out of our grasp in the end? Might we be better served without emotion? As Spock would say, "We disposed of emotion, Doctor. Where there is no emotion, there is no motive for violence." 

However, despite the seeming disadvantages of emotion, I would argue that our emotions are one of our greatest assets. While the Vulcans in Star Trek aspire to be rid of their emotions so that logic is the ruling factor in their decisions, they did so because their emotions were so overwhelming, so beyond their control that their entire species was driven to centuries of war because of it. As all good sci-fi does, the Vulcans reflect a side of humanity, the argument of logic over emotion.

In truth, ridding ourselves of emotion is not the answer. Emotion is in everything we do. While it lures us with empty promises, and false hopes, it also drives us to protect those we care about, it pushes us to do our very best. Instead of trying to escape our emotions, we should understand them and learn from them. Why do we feel the things we do?

I for one, have found myself feeling all sorts of conflicting emotions in the past year. I tried to sort them out, but I haven't given myself much direction. In a series of following posts, I plan on talking about different emotions. Specifically, what I think they represent, and how I feel it affects me. When this is all done, maybe I'll have more answers. Perhaps you will, too.

domingo, 22 de setembro de 2013

Para quem quer aprender a gostar



"Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.
Tenho visto muito amor por aí. Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva. Mas esbarram na dificuldade de se tornar bonitos. Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.
Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebem ameaçados apenas e tão-somente porque não sabem ser bonitos: cobram, exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo do amor. Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reinvindicar, de exigir justiça, eqüidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa Ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça, mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de Ter razão.
Ponha a mão na consciência. Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito? De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria, do encontro, da dor do desencontro a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer. Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, criança. E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.
Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre. Recomendam-se: encabulamentos, ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, 'aquela conversa importante que precisamos ter'; arquivar, se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama, toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção poder ser toda a atenção possível. Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de Ter. Não teorize sobre o amor ( deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como a criança de nariz encostado na vitrina cheia de brinquedos dos nossos sonhos); não teorize sobre o amor; ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.
Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade; não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração; contar a verdade do tamanho do amor que sente.
Jogue por alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo do Natal infantil. Revivendo os carinhos que intuiu em criança. Sem medo de dizer eu quero, eu gosto, eu estou com vontade.
Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor, ou bonitar fazendo o seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito ( a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é, e nunca: deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser.
Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz."



Arthur da Távola. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985

sábado, 21 de setembro de 2013

Maybe when we die, the first thing we’ll say is, ‘I know this feeling. I was here before.

domingo, 15 de setembro de 2013


E de repente tudo muda, se cria uma tempestade muda dentro de mim, um silêncio que já não consigo decifrar, uma desculpa que já não encontro mais. E tudo parece estranho, como uma história que se perde no meio sem ao menos chegar ao fim, um sonho que nunca termina… Nostalgia, saudade, vontade de voltar no tempo. É como se verdades partissem de mim, eu distraído ficasse. Como se o sol, subitamente, chorasse, e eu desavisado, esperasse que no dia seguinte desse flores, é como se a chuva, insistentemente nos inundasse e eu, sonhador me afogasse em estrelas.

sábado, 31 de agosto de 2013

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Me procuro nos devaneios dos desastres e me perco na imensidão da inútil existência.

domingo, 18 de agosto de 2013

sábado, 17 de agosto de 2013

Mesmo que você se ponha forte. Duro como uma rocha! Sempre a dor vem como água, e em lentos golpes consegue te furar.

sábado, 3 de agosto de 2013


O medo e a extrema ignorância em momento agudo torna-se a maior enfermidade do gênero humano. Hoje você "tem" a arma do poder que é a sua razão. Negligência a verdade ou se torna convicto do que não é a verdade. Mas maior lição da vida é a de que, às vezes, paga-se um preço que pode ser impiedoso ao ponto de tornar-se vulnerável por ser operário de hipócritas. 


Assim, a gente vai se surpreendendo com longo pesadelo dessa humanidade egoísta e omissa, mas sou convicto que a alma é mais preciosa que qualquer triunfo que carrego desso mundo pois ser sincero tem um valor muito caro, e as minhas ninguém paga.

domingo, 21 de julho de 2013

“o homem não possui um território interior soberano, ele está inteiramente e sempre em uma fronteira; olhando para o interior de si, olha nos olhos do outro ou através dos olhos do outro” - Gérard Genette

domingo, 14 de julho de 2013

Com o meu coração que implicitamente filtra e transporta o amor e ódio, fugazmente refletem e transbordam a sensibilidade nos meus olhos dos prazeres do escarnio e desprezo.

sábado, 29 de junho de 2013



Pessoa movidas por orgulho sempre é picado 

pelo o veneno  da sua própria ignorância.


Na vida, apenas uma coisa é certa, além da morte e dos impostos. Não importa o quanto você tente, não importa se são boas suas intenções, você cometerá erros. Você irá machucar pessoas. E se machucar. E se algum dia você quiser se recuperar… Há apenas uma coisa que pode ser dita… Esquecer e perdoar. É isso que dizem por aí. É um bom conselho, mas não muito prático. Quando alguém nos machuca, queremos machucá-los de volta. Quando alguém erra conosco, queremos estar certos. Sem perdão, antigos placares nunca empatam, velhas feridas nunca fecham. E o máximo que podemos esperar é que um dia tenhamos a sorte de esquecer.

sábado, 18 de maio de 2013


A poesia é incomunicável.
Fique quieto no seu canto.
Não ame.
Ouço dizer que há tiroteio
ao alcance do nosso corpo.
É a revolução? o amor?
Não diga nada.

Tudo é possível, só eu impossível.
O mar transborda de peixes.
Há homens que andam no mar
como se andassem na rua.
Não conte.

Suponha que um anjo de fogo
varresse a face da terra
e os homens sacrificados
pedissem perdão.
Não peça.


                         Carlos Drummond de Andrade 

sexta-feira, 3 de maio de 2013



Pois de amor andamos todos precisados, em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente. Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando.
Carlos Drummond de Andrade 

domingo, 21 de abril de 2013




Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.

Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arrancar a luz sagrada!

Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
                                    Mário Quintana 

domingo, 7 de abril de 2013

Você apanha da saudade, leva um soco do passado, um chute das lembranças, uma rasteira da vida. E todos continuam dizendo que não passa de um drama seu.

sábado, 30 de março de 2013





Não importa onde você parou ou em que momento da vida você cansou. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo. É renovar as esperanças. E eu pergunto: sofreu muito nesse período? Foi a dor do aprendizado. Chorou muito? Foi a limpeza da alma. Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las. Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.

Carlos Drummond de Andrade.  

terça-feira, 26 de março de 2013

sábado, 23 de março de 2013



Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
William Shakespeare.

sexta-feira, 15 de março de 2013





Que eu continue com vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, uma lição difícil de ser aprendida. Que eu permaneça com vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles vão indo embora de nossas vidas. Que eu re-alimente sempre a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes dever, sentir, entender ou utilizar essa ajuda. Que eu mantenha meu equilíbrio, mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo escurecem meus olhos. Que eu re-alimente a minha garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são ingredientes tão fortes quanto o sucesso e a alegria. Que eu atenda sempre mais à minha intuição, que sinaliza o que de mais autêntico eu possuo. Que eu pratique mais o sentimento de justiça, mesmo em meio à turbulência dos interesses. Que eu manifeste amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exige muito para manter sua harmonia. E, acima de tudo, que eu lembre sempre que todos nós fazemos parte dessa maravilhosa teia chamada vida, criada por alguém bem superior a todos nós. E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos de alguns e, sim, nas pequenas parcelas quotidianas de todos nós.
Chico Xavier. 

quinta-feira, 14 de março de 2013

domingo, 10 de março de 2013

Quando falo, todo mundo acha que estou querendo aparecer, que sou ridícula quando fico quieta, insolente quando respondo, inteligente quando tenho uma boa ideia, preguiçosa quando estou cansada, egoísta quando como um pouquinho mais do que deveria, imbecil, covarde, calculista e outros adjetivos. O dia inteiro só ouço dizerem como sou uma criança irritante, e apesar de rir e fingir que não me importo, eu me importo, sim. Gostaria de pedir a Deus que me desse outra personalidade, uma que não criasse antagonismos com todo mundo. Mas isso é impossível. Estou presa ao caráter com o qual nasci e, mesmo assim, tenho certeza de que não sou má pessoa. Faço o máximo para agradar a todos, mais do que eles suspeitariam num milhão de anos.

O diário de Anne Frank

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Sim, eu me faço de forte, mas já chorei no meu quarto, em silêncio, a porta fechada, travesseiro no rosto, chorei por dentro, sofri. Mas sabe o que tudo isso resultou; nada, é preciso aprender a crescer, viver, ser ‘gente grande’ e enfrentar os próprios problemas.
Dom Casmurro.