sexta-feira, 10 de junho de 2016

Amar é permitir que alguém possa te destruir. E confiar que isso não vai acontecer.

domingo, 22 de maio de 2016

“Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves na alma.”  Cora Coralina
Nestes tempos acelerados, em que ansiedade virou epidemia e falta de tempo motivo de orgulho, quando foi a última vez que você tocou sua alma com carinho?
Fazer o melhor, ser o melhor, superar, produzir. E, de repente, nos esquecemos do que realmente importa, da essência e do que nos dá energia e alegria para prosseguir.
Tocar a própria alma é algo muito particular que envolve coisas singelas. A alma não faz questão de estardalhaços e somente atitudes delicadas, daquelas quase imperceptíveis a olho-nu, é que podem tocá-la.
Um chocolate quente, um cochilo breve mas revigorante, o cheiro de uma flor, café com biscoitinhos. O abraço de um amigo, um banho reconfortante, ligar para a família (aquela do seu coração). O calor do sol no inverno ou a sombra de uma árvore no verão. Sentir a brisa, o cheiro de chuva, ouvir ou tocar aquela música que te faz lembrar quem você é. Um livro, uma poesia, um filme. Tocar a grama, espreguiçar, colocar uma música no seu quarto e dançar até cansar. Cantar, meditar, respirar. Seu moletom velho e confortável. Cheiro de alho refogado. Aquele bolo que saiu do forno. Uma lambida do seu cachorro. Dar-se um abraço e dizer “Ei, você fez seu melhor! Estou orgulhoso de você.”.
Normalmente, o que toca nossa alma está muito ligado às nossas memórias de infância, quando ainda estávamos mais conectados com nossa essência. Infelizmente, nós crescemos e esquecemos o quão importante é manter esse contato. Sem ele, morremos aos poucos. A vida torna-se mecânica e sem sentido. A tristeza aparece.
O bom dessa coisa de tocar almas é que elas, por mais diferentes que sejam, podem comunicar-se umas com as outras. Mesmo que você esqueça de tocar a sua própria, cada vez que chega na de alguém, é instantaneamente tocado.
Mas, como foi dito, almas são feitas de material puro, tocadas apenas com delicadeza. Naquele sorriso sincero, naquele gesto de preocupação, naquela surpresa pequena, porém doce e cercada de carinho. Tudo que é genuíno chega até as almas. Toca fundo e ressoa para as outras, em diferentes cores e melodias suaves. Após tocar todas as almas existentes, dissipa-se pelo universo e fica na memória.



sábado, 7 de maio de 2016

sábado, 9 de abril de 2016

Encerrar ciclos é doloroso, fechar portas é entristecedor, terminar capítulos é doído.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Eu me magoo com pouco. Um pouco que se junta, um pouco que se acumula, um pouco que, quando eu vejo, já é muito.
Eu chorei porque eu te amo mas eu não sei amar. Eu chorei porque eu sempre canso de tudo e tudo sempre cansa de mim. Chorei de cansaço profundo de sempre cansar de tudo e tudo sempre cansar de mim. Chorei de apego ao cheiro do novo e principalmente de melancolia pelo cheiro do velho. E chorei porque tudo envelhece com novos cheiros e a vida nunca volta. Eu chorei de pavor da rotina, de pavor do fim, de pavor de sair da rotina e começar outros fins.
— Tati Bernardi. 

quinta-feira, 24 de março de 2016

A vida sempre esta disposta em acrescentar um tempero a mais em seu prato agridoce. Hoje, o sabor realçou o azedo, o amargo, o agre. Não gostei, mas tive que engolir.